Documentos Necessários para Usucapião Extrajudicial: Guia Completo e Atualizado (2025)

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Documentos Necessários para Usucapião Extrajudicial: Guia Completo e Atualizado (2025)

O usucapião extrajudicial é hoje uma das formas mais rápidas, econômicas e eficientes de regularizar um imóvel no Brasil. Ele dispensa processo judicial e ocorre diretamente no cartório de registro de imóveis — desde que toda a documentação esteja correta. E é justamente aí que surgem os maiores problemas: a maioria dos pedidos é recusada por falta de documentos essenciais.

Neste guia completo, você vai entender todos os documentos necessários para usucapião extrajudicial, por que cada um deles é exigido, quais são os erros mais comuns e como montar um dossiê perfeito para evitar atrasos ou indeferimentos.

Ao final, disponibilizo também um Checklist em PDF para download, para facilitar a organização de todo o processo.


📌 O que é o usucapião extrajudicial?

O usucapião extrajudicial foi criado pelo Novo Código de Processo Civil (art. 1.071) e regulamentado pelo Provimento 65/2017 do CNJ. Ele permite que o interessado regularize um imóvel sem processo judicial, desde que consiga provar documentalmente:

  • posse mansa, pacífica e contínua,
  • pelo prazo previsto em lei,
  • com ânimo de dono,
  • e sem oposição de terceiros.

Como o procedimento é feito diretamente no cartório, a documentação precisa estar impecável. O cartório não admite “dúvidas” — e qualquer falha gera exigências ou indeferimento.


📝 Lista Completa de Documentos Necessários para Usucapião Extrajudicial (2025)

(Use exatamente esta lista no seu processo — ela segue o Provimento 65/2017 do CNJ e práticas reais dos cartórios.)

1. Documentos pessoais do requerente

  • RG e CPF
  • Certidão de casamento (se casado)
  • Comprovante de residência

Por que é necessário: identificar corretamente quem está solicitando a regularização e garantir que não há homonímia.


2. Planta e Memorial Descritivo do imóvel

Assinados por:

  • engenheiro ou arquiteto
  • com ART ou RRT registrada

Por que é necessário: é o documento técnico que define os limites exatos do imóvel. Sem isso, o cartório não consegue registrar a área.


3. ART (ou RRT) do profissional responsável

Documento que comprova a responsabilidade técnica pela planta e memorial.

Erro comum: trazer planta sem ART — automaticamente indeferido.


4. Certidão de matrícula atualizada da área

Emitida pelo Registro de Imóveis.

Importante: mesmo que o imóvel não tenha matrícula individualizada, é preciso solicitar a certidão da área maior.


5. Comprovantes de posse

Aqui entra tudo o que demonstra que você exerce posse há anos:

  • contas de água/luz
  • IPTU pago
  • recibos
  • fotos antigas
  • mensagens
  • testemunhas
  • contratos informais
  • comprovantes de construção

Quanto mais provas, melhor.


6. Declaração de tempo de posse

Documento assinado pelo possuidor explicando:

  • desde quando ocupa
  • como iniciou a posse
  • como exerce o domínio
  • se houve oposição

7. Certidões negativas dos distribuidores

Abrangem:

  • Justiça Estadual
  • Justiça Federal
  • Justiça do Trabalho

Por que é necessário: comprova que não existe ação possessória ou reivindicatória envolvendo o imóvel.


8. Ata Notarial

Lavrada em Tabelionato de Notas.

A ata confirma:

  • tempo de posse
  • características do imóvel
  • histórico narrado pelo possuidor
  • depoimentos de vizinhos
  • registros fotográficos

É um dos documentos mais fortes do processo.


9. Assinatura dos confrontantes

Vizinhos laterais, de fundo e frente do imóvel devem assinar na planta.

Se algum se recusar: o processo ainda pode seguir, mas será necessário notificar formalmente cada vizinho.


10. Certidão fiscal do imóvel (IPTU)

Serve para comprovar a identificação cadastral da área.


11. Croqui da área

Mesmo com planta, muitos cartórios pedem um croqui simples com pontos de referência.


⚠️ Documentos que mais geram exigências nos cartórios

Você pode colocar isso como um bloco de destaque no blog — aumenta o tempo de leitura.

  1. Planta sem ART ou RRT
  2. Assinatura de confrontante faltando
  3. Certidões vencidas
  4. Ata notarial incompleta
  5. Comprovantes de posse insuficientes
  6. Descrição da área divergente entre planta e memorial
  7. Matrícula antiga não atualizada

Quanto tempo leva o usucapião extrajudicial?

Em média:

  • 30 a 90 dias para reunir documentos
  • 30 a 60 dias para análise do cartório
  • 10 a 30 dias para retificações
  • 15 a 45 dias para registro final

Total: 4 a 8 meses, em média.

Se tudo estiver correto, pode levar apenas 60–90 dias.


💰 Quanto custa montar a documentação?

Depende da cidade, mas em média:

  • Ata notarial: R$ 800 a R$ 2.500
  • Planta e memorial: R$ 1.000 a R$ 4.000
  • Certidões: R$ 150 a R$ 500
  • Assessoramento jurídico: varia conforme o caso

Um processo completo costuma custar entre R$ 3.000 e R$ 10.000.


📥 Checklist de Documentos (PDF) — Baixe Gratuitamente

Para facilitar sua organização, preparei um checklist pronto para impressão:

👉 Clique aqui para baixar o Checklist em PDF


⚖️ Como um advogado ajuda no usucapião extrajudicial

O papel do advogado é:

  • organizar a documentação
  • fazer interface com o cartório
  • corrigir divergências
  • acompanhar notificações
  • garantir que não falte nenhum documento
  • acelerar o procedimento

O tempo economizado é enorme.


📞 Precisa regularizar seu imóvel?

Faço análise completa da sua documentação e verifico se o seu caso se encaixa no usucapião extrajudicial.

📲 Chame no WhatsApp: (51) 99012-1370

Ian Soares – OAB/RS 140.112
📌 Atendo em todo o Brasil

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